E eu lhes fiz conhecer
o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado
esteja neles, e eu neles esteja. (João 17:26)
Hoje em dia nos preocupamos muito com a placa da igreja, julgamos a nossa denominação ser a perfeita, e recuso aceitar às outras igrejas com sendo verdadeiras de Cristo, sendo que Jesus não virá buscar a Igreja pelo nome, e sim verdadeiros discípulos e filhos de Deus. Pois no céu não haverá, essa ala é para os da igreja A, aquele outro é da Igreja B. A Igreja é unida pelo corpo de Cristo, nós com nosso egocentrismo dividimos e não queremos aceitar muitas vezes outras denominações, por questões teológicas, claro que há igreja teologicamente mais preparada, mas isso não dá o direito se se julgar única. Também não estou dizendo para aceitarmos as seitas, muito pelo contrário, e sim a Igreja verdadeira de Cristo. Por isso quero compartilhar a pregação do pastor Silas de Campos na Conferência Fiel desse ano.
JOÃO 17:6-9
6 Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.
7 Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti;
8 Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.
9 Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.
Infelizmente, muitos pastores e membros
de igreja deste país não têm uma visão que busca a unidade, contudo esta foi a
oração de Cristo: “a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e
eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”.
(João 17:21)
Quatro verdades sobre a unidade do corpo de Cristo
1)
Unidade cristã não é mero ajuntamento de evangélicos, baseado em uma tolerância doutrinária
exagerada ou em um sincretismo gospel, mas sim a unidade dos discípulos,
daqueles que creem em
Cristo Jesus (vs. 6). Este texto não pode ser usado como uma
desculpa para um sincretismo gospel, pois Jesus afirma uma unidade doutrinária:
a guarda da palavra (v. 6) e a santidade na palavra (v. 17). A verdade é a base
para a alegria e unidade cristã. Sendo assim, o primeiro inimigo para a unidade
cristã é o sincretismo.
Jeremiah
Burrough, um reformador, já em sua época se preocupava com a falta de unidade.
Ele formulou seis pontos importantes:
· > As
diferenças doutrinárias são inevitáveis.
· > As
diferenças doutrinárias em questões secundárias continuam sendo importantes
· > As
diferenças podem ser úteis.
·
Nenhuma
estrutura pode representar sozinha a Igreja de Cristo em sua totalidade.
·
A
verdadeira unidade é baseada no evangelho comum e deveria ser expressa pela
cooperação entre as denominações.
·
A
separação denominacional não é divisionismo.
2) A
unidade cristã não é uma opção, mas é a vontade de Cristo. Quem vive em seu grupinho não está
andando segundo a vontade de Cristo.
3) A
unidade cristã nos fortalece. Juntos, somos mais fortes (Pv 30:27).
Sua igreja precisa de outras igrejas. Sua denominação precisa de outras
denominações. Juntos, saqueamos o inferno.
4) A
unidade nos confere credibilidade (para que o mundo creia que tu me
enviaste – v. 21).
5) A
unidade cristã é uma realidade irreversível. O crescimento da Igreja de Cristo é uma
realidade irreversível, pois é Ele que edifica a sua Igreja (o Reino é como uma
semente de mostarda) e o crescimento da unidade do corpo de Cristo é uma
verdade irreversível, pois foi o próprio Cristo que assim orou.
O coração do
sectarismo é a tendência de achar que a “nossa” igreja é a expressão máxima da
Igreja de Cristo no mundo. Saia da Síndrome de Elias: “eu sou o mais zeloso e
não sobrou ninguém além de mim”. A resposta de Deus para este tipo de
pensamento é “Eu preservei sete mil; você não é o único”.
A harmonia da
diversidade é algo que só Cristo e o Evangelho podem trazer. Lembremo-nos que
mesmo diferentes, estamos sujeitos ao mesmo Maestro e Mestre.
Oton G. Cesar
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